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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Vodacom burla clientes

A empresa de telefonia móvel, Vodacom,  a segunda maior operadora do pais tem estado de algum tempo a esta parte a decepcionar os seus clientes, sobretudo no que concerne ao fornecimento do serviço Blackberry.
Segundo soubemos de alguns clientes daquela operadora, o esquema consiste nos clientes activarem o serviço Blackberry, onde são descontados credito correspondente a tarifa pretendida, seja diária, semanal ou mensal, conforme os casos e não terem acesso aos serviços pelos quais pagaram.
A nossa reportagem tem na sua posse vários números de clientes que foram lesados por esta operadora e que clamam pelo ressarcimento por parte da Vodacom pelos danos causados, o que passaria por devolver o credito gasto sem o fornecimento do serviço.
Outrossim, muitos clientes clamam igualmente o facto da Vodacom estar a lhes retirar sem seu consentimento SMS’s que supostamente são convertidas em megabytes, o que deixa muitos insatisfeitos, sobretudo quando se trata de clientes que não tem celular que suporta serviços de internet.
Alguns clientes que contactaram a linha do cliente para obter esclarecimento foram informados que o problema tinha a ver com a empresa parceira da Vodacom e responsavel pelo fornecimento do serviço Blackberry, designada RIM.

JURISTAS TEM A PALAVRA
Alguns juristas da praça ouvidos pela nossa reportagem, embora divididos no que tange o acto da Vodacom ser ou não crime, mas são unanimes em afirmar que aquela operadora deve responsabilizar-se perante aos seus clientes.
Abdul Gafur Mulau entende que “a vodacom ao cobrar clientes pelo fornecimento de um certo serviço e não faze-lo estaria numa situação de agir com dolo ou seja, intenção maléfica de praticar um acto passível de censura, neste caso e’ uma situação de dolo por omissão”, disse acrescentando que “assim a vodacom incorre ao crime de burla, tipo legal de crime previsto e punido pela legislação penal moçambicana”.
Para a jurista Viviane Duarte, em respeito ao principio de intervenção mínima do direito Penal, esta situação enquadra-se em sede do Direito Civil, sendo assim necessário a intervenção do Direito das obrigações ou dos consumidores que encarregar-se-iam, um ou outro, de colocar a vodacom a responsabilizar-se pelos seus actos perante os clientes.

VODACOM NÃO REAGE
A nossa reportagem deslocou-se semana passada à sede da Vodacom para obter esclarecimento sobre a suposta má qualidade dos serviços que estão sendo prestados aos clientes, mas foi um esforço em vão.
Na sede da Vodacom, o nosso repórter foi atendido por uma recepcionista que disse chamar-se Simelane, a qual aconselhou ao escriba que redigisse uma carta a pedir marcação de entrevista com o responsável do serviço de dados sobre o assunto em alusão.

Para não nos engrenarmos nas manobras dilatórias da Vodacom e dada a pertinência do assunto, decidimos publicar a notícia, deixando o espaço para aquela empresa de telefonia móvel reagir a posterior, caso queira.

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