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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Marilu Guerreiro: “A voz que vem cantar e encantar Mocambique”

Natural da província de Cabo Delgado e residente em Nampula desde a tenra idade, Marilu Guerreiro e’ uma jovem que esta a entrar no mundo musical e que pretende ser uma referência nacional e internacional.
Ao jornal, Marilu Guerreiro concedeu uma entrevista onde da enfoque os seus projectos no mundo da musica, com enfoque para o seu primeiro trabalhpo discográfico já em estúdio que sera servido ao publico em breve.
Siga a entrevista:
JP: Quem e’ Marilu Guerreiro?
MG: Sou Marilu Guerreiro, natural da provincia de Cabo Delgado, cresci na provincia de Nampula, tenho 19 anos de idade.
JP: Como começas a entrar no mundo da musica?
Para entrar no mundo da musica e’ um dom que a família traz, partindo da minha mae e minhas tias que iam cantando na igreja. Aos 11 anos conheci a banda Watana e me acolheu. Foi num certo dia que um guitarrista que responde pelo nome de Eouro chamou-me e pediu que eu cantasse. Cantei e ele gostou muito. Ele achou que eu tinha uma voz que tinha de saber explorar e foi dai que ele me convidou a fazer parte da banda Watana. Ganhei um carro nesta banda como vocalista principal.
JP: Continua ligada a Banda Watana?
Continuo sim e estamos sempre juntos cantando em vários eventos da cidade de Nampula e não so, a banda e’ reconhecida e temos estado a ensaiar na Casa provincial de cultura.
JP: Para alem de estar na Banda Watana, tem estado a fazer alguns trabalhos a solo?
MG: Tenho sim, pois meu sonho e’ seguir carreira a solo. Tenho minhas próprias musicas e do principio sou uma das artistas muito solicitada em locais de eventos. Estou tendo boas oportunidades, gravando as minhas cancoes, gracas a Deus, encarando algumas dificuldades, que acredito que vou poder superar e avançar.
JP: Nesta sua carreira musical, qual e’ o ritmo musical que canta e quantas musicas gravou ou perspectiva gravar?
MG: O ritmo musical e’ Afro-Jazz e Kizomba. Do principio as musicas serão do estilo Afro-Classico. A minha perspectiva e’ mais marcar diferença. Ate agora tenho seis musicas no projecto. A primeira cancao e’ intitulada “Juventude Perdida” e um dos sucessos sera a musica “Macua de Raça”.
JP: Em que língua canta as suas musicas e quais são as linhas de abordagem?
MG: Ate agora canto em Portugues e macua. Em termos de conteúdo, por exemplo no tema ‘juventude perdida” falo dos jovens. Todos temos sonhos desde pequenos. No mundo em que nos encontramos vivemos influencias, umas boas e outras mas. Jovens se deixam levar por álcool, drogas e esquecem que tem sonho por realizar. A ideia e’ sensibilizar os jovens a abandonar estas mas influencias que os leva a perdicao.
Na “macua de raça” falo do orgulho de ser macua, foco em termos da cultura macua; a capulana, o muciro, a missanga, os ritos de iniciação.
JP: São musicas com títulos muito sugestivos. Para quando teremos o disco no mercado?
MG: Do princípio ate Junho próximo as musicas já estarão disponíveis. Agradeço desde já aos amigos que tem me dado forças. A minha família também. De salientar que tenho dificuldades, estou precisando de patrocínio. Já bati varias portas e estou a espera de resultados.
JP: Disse aqui no inicio da entreviusta que vem de uma família que gosta de musica. Alguem canta na sua família?
MG: Sim, a pessoa que canta na minha família e’ meu irmão Deltino Guerreiro, o vencedor do concurso Super Tardes da Vodacom na rubrica “Quero ser uma Estrela”, em 2011. Ele vai lançar seus CD’s nas bancas em Julho.
JP: Que tal pensarem em um dueto?
MG: Em princípio cada um vai lançar a solo, depois faremos um dueto. O nosso relacionamento e’ muito bom. Só que a dificuldade e’ que ele esta em Maputo a estudar e me parece que quer ficar la e eu estou ca em Nampula.
JP: Estamos no fim desta entrevista, ultimas considerações…?
MG: Dizer que tenho estado a ser solicitada para animar as noites nas casas de pasto, mas procuro apoio por parte de pessoas que podem estender a sua mão para me ajudar. Acredito que coisas boas vão acontecer.

Vodacom burla clientes

A empresa de telefonia móvel, Vodacom,  a segunda maior operadora do pais tem estado de algum tempo a esta parte a decepcionar os seus clientes, sobretudo no que concerne ao fornecimento do serviço Blackberry.
Segundo soubemos de alguns clientes daquela operadora, o esquema consiste nos clientes activarem o serviço Blackberry, onde são descontados credito correspondente a tarifa pretendida, seja diária, semanal ou mensal, conforme os casos e não terem acesso aos serviços pelos quais pagaram.
A nossa reportagem tem na sua posse vários números de clientes que foram lesados por esta operadora e que clamam pelo ressarcimento por parte da Vodacom pelos danos causados, o que passaria por devolver o credito gasto sem o fornecimento do serviço.
Outrossim, muitos clientes clamam igualmente o facto da Vodacom estar a lhes retirar sem seu consentimento SMS’s que supostamente são convertidas em megabytes, o que deixa muitos insatisfeitos, sobretudo quando se trata de clientes que não tem celular que suporta serviços de internet.
Alguns clientes que contactaram a linha do cliente para obter esclarecimento foram informados que o problema tinha a ver com a empresa parceira da Vodacom e responsavel pelo fornecimento do serviço Blackberry, designada RIM.

JURISTAS TEM A PALAVRA
Alguns juristas da praça ouvidos pela nossa reportagem, embora divididos no que tange o acto da Vodacom ser ou não crime, mas são unanimes em afirmar que aquela operadora deve responsabilizar-se perante aos seus clientes.
Abdul Gafur Mulau entende que “a vodacom ao cobrar clientes pelo fornecimento de um certo serviço e não faze-lo estaria numa situação de agir com dolo ou seja, intenção maléfica de praticar um acto passível de censura, neste caso e’ uma situação de dolo por omissão”, disse acrescentando que “assim a vodacom incorre ao crime de burla, tipo legal de crime previsto e punido pela legislação penal moçambicana”.
Para a jurista Viviane Duarte, em respeito ao principio de intervenção mínima do direito Penal, esta situação enquadra-se em sede do Direito Civil, sendo assim necessário a intervenção do Direito das obrigações ou dos consumidores que encarregar-se-iam, um ou outro, de colocar a vodacom a responsabilizar-se pelos seus actos perante os clientes.

VODACOM NÃO REAGE
A nossa reportagem deslocou-se semana passada à sede da Vodacom para obter esclarecimento sobre a suposta má qualidade dos serviços que estão sendo prestados aos clientes, mas foi um esforço em vão.
Na sede da Vodacom, o nosso repórter foi atendido por uma recepcionista que disse chamar-se Simelane, a qual aconselhou ao escriba que redigisse uma carta a pedir marcação de entrevista com o responsável do serviço de dados sobre o assunto em alusão.

Para não nos engrenarmos nas manobras dilatórias da Vodacom e dada a pertinência do assunto, decidimos publicar a notícia, deixando o espaço para aquela empresa de telefonia móvel reagir a posterior, caso queira.