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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Adido de imprensa leva jornalista ao curandeiro

O adido de imprensa do governo provincial de Manica, Víctor Machirica acaba de levar ao curandeiro um jornalista, por sinal seu colega colaborador do jornal Domingo, pertencente a Sociedade de Noticias, SA.

Trata-se de Domingos Boaventura, acusado de estar a amantizar-se com a esposa de Victor Machirica, seu superior hierarquico ao nivel da Delegação do Noticias em Manica.

A nossa reportagem, não apurou junto das nossas fontes o resultado da "profecia" do referido curandeiro, mas ao que soubemos, é um assunto que continua a colocar os dois em situação de embróglio, o que chega até a afectar a carreira profissional dos dois.


JORNALISTAS INDIGNADOS
Sobre o assunto, a nossa reportagem ouviu sensibilidades de alguns jornalistas de órgaos de informação com representações em Manica, o quais lamentam, a ser verdade, o comportamento de Mingos, assim como é tambem conhecido Domingos Boaventura.

“Mingos pode ter andado com a esposa de Machirica mesmo, aquele é muito malandro”, disse um colega escriba que pediu para não o identificarmos.

BOAVENTURA NEGA

O autor destas linhas contactou telefonicamente, apartir de Maputo o jornalista Domingos Boaventura para dele apurarmos a veracidade dos factos ora narrados pelas nossas fontes.

Boaventura começou por dizer que nunca “andou” com a esposa do seu “boss” e ficou indignado quando ouviu a acusação vindo do lado de Machirica, tendo acrescentado que “ele tem problemas meramente passionais com a esposa, quer se livrar dela, mas com isso está a querer instrumentalizar alguem e o elo mais fraco que encontrou sou eu".

Questionado sobre quais problemas que Machirica está a enfrentar no seu lar, Boaventura disse que "ele tem uma outra amante e pretende deixar a esposa, porque a amante lhe diz que para estarem a vontade ele deve livrar-se da esposa, venderem a casa e construirem uma outra", sustentou Boaventura, para depois acrescentar "vimos a saber isso já la na AMETRAMO para onde fomos no intuito de obter prova da referida acusação.
“eu estranhei quando minha esposa disse que foi contactada com esposa de Machirica, a qual informara que Machirica sempre a bate com a alegação de que amantiza-se com o colega, neste caso eu", explicou.


MACHIRICA ENVERGONHADO

"Estamos sendo confrontados com a informação de que o senhor adido de imprensa do governo provincial de Manica acaba de levar ao curandeiro o jornalista Domingos Boaventura sob acusação de que amantiza-se com sua esposa. É verdade? O que se lhe oferece a dizer?", foi nesses termos que questionamos Victor Machirica.

"Isso é uma vergonha, mas depois te ligo porque estou em casa e de férias", era assim que chegava doutro lado da linha a reacção do nosso entrevistado.

SNJ SILÊNCIO, MISA PROMETE FALAR DEPOIS DE INTEIRAR-SE

Dada a pertinência do assunto ao nivel da comunicação social visto que está a criar um ambiente de mal estar profissionalmente, chegando a causar fraco rendimento, alias foi nos segredado que desde a briga dos dois, quase que não estão a publicar artigos para os jornais, contactamos o Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) em Manica através do seu presidente, Bernardo Xavier, o qual pautou simplesmente por ignorar as nossas chamadas que iam caindo nos seus três números de telefone.

Com o mesmo propósito, contactamos o presidente do MISA Moçambique em Manica, Albano Gaúte que disse "não estou a trabalhar estes dias, estou a fazer Exames na faculdade, pelo que ainda nao me inteirei do assunto, mas logo que me inteirar ligo para si".

A publicação desta noticia neste jornal, que para muitos não faria sentido porque se trata de problemas familiares, faz sentido quanto a nós, a medida em que está a virar para o lado profissional, onde os colegas já nem sequer conversam no local de trabalho, tendo virado improdutivos prejudicando o direito de informação, constitucionalmente consagrado aos cidadãos, pelo que se apela a intervenção urgente e necessária da direcção da Sociedade Noticias, SA.

quinta-feira, 15 de março de 2012

MAPUTO, Prostitutas arriscam a vida por 200 meticais

Moçambique é um dos países mais pobres do planeta e que tem 11,5% da sua população infectada com o vírus do HIV/SIDA, de acordo com dados do Inquerito Nacional Sobre o HIV/SIDA (INSIDA) realizado em 2009 - um dos índices mais altos do mundo, prostitutas arriscam suas vidas diariamente porque muitos de seus clientes se negam a usar preservativos.

A nossa reportagem, escalou a baixa da cidade de Maputo no último fim-de-semana para viver in-loco a situação de sexo comercial que tende a ganhar contornos alarmantes uma vez estar a ser praticada tambem por adolescentes, algumas das quais alegando estar a praticar a actividade por simples prazer e outras para o seu auto-sustento.
“Quando pedimos aos clientes para usarem preservativo, alguns aceitam, mas outros não querem nem ouvir", disse Martinha, 28 anos de idade, prostituta que frequenta a “zona quente” há seis anos.
Em Maputo, o comércio do sexo começa no fim da tarde nos principais centros daquela actividade, nomeadamente as avenidas Olof Palme, Julius Nyerere, Kennet Kaunda e 24 de Julho que ficam cheias de prostitutas, algumas beirando os 14 anos, que em muitos casos migram para a capital vindas de regiões remotas do país.
A prostituição não tem legislação específica em Moçambique, mas o sexo como actividade comercial não é proibido.
“PAGO FACULDADE E SUSTENTO MINHA MÃE E MEU FILHO”
Anita, uma das trabalhadoras de sexo para quem o autor destas linhas se fez passar por cliente para conseguir informação, disse que frequenta uma das prestigiadas universidades de Maputo – que temos o registo do nome, mas que não publicamos por razões eticas – e não tem divida de alguma mensalidade, porque consegue pagar a sua escola sem muitos esforços com o dinheiro do negócio do seu prazer.
“a minha mãe e meu filho vivem na base do dinheiro que faço aqui”, disse a jovem de 23 anos de idade, que disse facturar diariamente cerca de dois mil meticais, valor que sobe para quatro a cinco mil meticais aos fim-de-semana dada a demanda pela procura dos serviço que ela própria orgulha-se de fazer “muito bem”.
Questionamos em que termos a jovem despede-se da mãe quando vai fazer o sexo comercial tendo respondido que “apenas digo que vou a faculdade, quando na verdade vou a faculdade de manhã, então ela pensa que de manhã vou trabalhar e estudo a noite”.
Quisemos saber ainda da jovem se lhe aparecer um namorado com boa proposta de mesada aceitaria abandonar a vida que leva ao que disse “basta pagar-me o valor equivalente ao daqui, ou seja 60 mil meticais mensal ou oferecer-me uma vida de luxuria”.
O autor destas linhas que aquando das negociações se fazia transportar no Toyota Grande Mark II, a versão mais recente da série Mark II, simulou aceitar a proposta de ser namorado da jovem, ao que ela aceitou de imediato.
Dia seguinte, na hora marcada ficou o nosso repórter estupefacto quando viu a jovem a sair de uma casa com condições básicas de sobrevivencia, e que nada segundo a sua vista justificaria que a jovem levasse aquela vida.
Tal resposta, levou-nos a concluir que maior parte de jovens que frequentam aquela actividade não está ligada a debilidades financeiras, mas sim para caprichos ou para procurar igualar-se as demais cujas familias estao dotadas de poder de compra.